domingo, 21 de julho de 2013

Scibex - Path to Omors

Scibex - Path to Omors
Indpendente – 2013 - Brasil


Como assim, a banda surgiu em 2012 e já tem um single, um EP e esse ‘debut’? Pode ser precoce, mas eles têm estrutura, competência e, acima de tudo, maturidade para isso, como fica provado em “Path to Omors”.
O som desse pessoal, oriundo de Minas Gerais, transita por vários estilos, sendo o Black Metal modernoso seu principal representante – eles aparecem intitulados como Avant-garde Black Metal. Para situar um pouco melhor o leitor, peguemos como referência o mais recente disco da Borknagar, “Urd”. É bem diversificado assim.
Apesar de ser longo, com mais de uma hora de duração, é interessante ouvir este disco mais de uma vez seguida, pois é um material denso, sendo que, a cada nova audição, você percebe algo que antes parecia escondido.
Mas ao contrário de grupos que misturam um milhão de coisas dentro de cada composição, fazendo com que o negócio fique estranho, sem nexo, a Scibex soube fazer um ótimo serviço, de modo que as inúmeras mudanças soassem naturais em suas músicas.
Quem espera algo porradão, com velocidade a mil por hora, pode não curtir este álbum. A proposta do conjunto é bem outra: canções cadenciadas, trabalhadas e profundas, misturando vocais Black tradicionais com limpos, influências Prog e outros ecletismos do tipo.
A primeira faixa, “Cryptic Comfort Zone”, com mais de oito minutos, é a mais empolgante e mostra bem o que os caras fazem ao longo do CD. As outras, também com inquestionável qualidade, seguem por esse caminho.
O play ainda conta com apoio da Secretarua Municipal de Cultura da prefeitura de Uberlândia, um incentivo o qual a cena musical extrema nacional agradece.
Assimilar a sonoridade do quarteto, formado por Thales Valente (guitarra), Lennon Oliveira (guitarra), Diogo Bald (vocal) e João Paulo (baixo), pode ser uma tarefa interessantemente desafiadora. Vale a pena entrar nessa atmosfera e curtir, com a mente aberta.
Apenas para constar: não há informações no encarte a respeito do baterista. Logo, deduz-se que seja uma bateria programada. Em caso afirmativo, ficou tão natural, que até assusta.
E falando no encarte, vale destacá-lo por sua capa e ilustrações saírem do lugar comum quando o assunto é música extrema.
Por fim, conheçam “Path to Omors” baixando-o gratuitamente no link a seguir.

Nota: 8,5



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