quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Immortal – All Shall Fall

Immortal – All Shall Fall
Laser Company – 2009 – Noruega

Todos cairão. Que título forte para um álbum, não é? Só que, quando se trata de Immortal, é porque certamente cairão os queixos, tamanha a admiração por esses ícones do Black Metal mundial, que soltaram esse play após o tão aguardado retorno às atividades.
Como era de se esperar, os noruegueses mantiveram não só a qualidade excepcional de seus trabalhos anteriores, mas também sua beleza. São sete canções muito profundas, envolventes e cheias de criatividade, sem abandonar o estilo musical que os consagrou.
A realidade é que a banda evoluiu (seria “evolução” a palavra aqui?) bastante desde o início da carreira, mas especificamente neste trabalho, mantiveram todas as boas características de sua história, sem seguir além. Portanto, não estão em um novo patamar, NESSE SENTIDO, que fique claro. E é aí que reside a magia da Immortal: foram competentes com o “básico”. É isso que talvez tenha desagradado um pouco os fãs dos álbuns mais recentes, ou os mais antigos, que esperavam algo mais inovador, seguindo uma suposta tendência evolutiva dos músicos.
Mas é isso aí: não estão mais sofisticados, nem nada. Aliás, é possível falar em regressão. As músicas estão mais diretas do que em “Sons of Northern Darkness” ou “Damned in Black”, por exemplo. A própria faixa de abertura, que leva o nome do álbum, assim como a seguinte – “The Rise of Darkness” - têm passagens de guitarra que remetem a trabalhos antigos, como os clássicos “Battles in the North” e “Pure Holocaust”, de forma impressionante!
Músicas rápidas existem aqui, basta conferir a supracitada faixa-título (clipe aí embaixo) ou “Hordes To War”, mas são uma minoria no CD. Já as guitarras se rebelam e relembram a melhor época do grupo. Isso é ruim? DE MANEIRA ALGUMA!! É exatamente o oposto! Os caras capricharam nesse material, trazendo as ótimas referências de seu passado. O resultado não poderia ser outro, que não fosse primoroso.
E em termos de produção, não há o que dizer. Peter Tägtgren (Hypocrisy, na qual o baterista Horgh também massacra os tambores) está por traz da devastação, o que garantiu um trabalho cristalino e pesado ao mesmo tempo.
Resumo da ópera: “All Shall Fall” agradará fãs do verdadeiro e querido Black Metal único executado pelo trio, além de ser um dos discos do conjunto que merece respeito. Aproveitem, que existe versão nacional, lançada pela Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br).

NOTA 9,0

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