quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Beyond Terror Beyond Grace - Our Ashes Built Mountains

Beyond Terror Beyond Grace - Our Ashes Built Mountains
Deep Send Records – 2010 – Austrália

Como diz Galvão Bueno, “prepare o seu coração”. Para quem ainda não conhece, é bom estar pronto para a Beyond Terror Beyond Grace, uma banda de grind insana e com músicos excepcionais. Caos vindo do outro lado do mundo, a quente Austrália.
Eles não fogem do óbvio, é verdade, só que a brutalidade de “Our Ashes Built Mountains” nos avisa que nem precisa querer inovar para fazer música boa. Aliás, são 20 delas, fechando quase 40 minutos de violência auditiva. Uma maravilha.
Quase não existe intervalo entre as faixas, ou seja, você fica impactado pela brutalidade, arremessado para o outro lado da sala até o final do play. Mesmo nas composições mais cadenciadas (que não são poucas – com direito a umas viagens, mas beleza), a destruição é certa.
Não poderia deixar de falar do monstro das 1000 baquetas, Steve Smith. Impressionante é pouco. O que esse cara faz é um crime. Vi poucos esmigalharem a bateria como ele. Acha exagero? Dá uma conferida no vídeo lá embaixo então. Aliás, ele não é somente ultraveloz, mas também extremamente criativo. Tudo sem nunca deixar de ser extremo, é isso o que mais choca. Com pequenas ou grandes variações, o músico definitivamente nasceu pra coisa.
Os vocais de Barton Ware e do também baixista Alex Nicholson também são dos bons. Como brilhava Kevin Sharp no início da Brutal Truth alternando seus berros de maneira genial, Ware e Nicholson também têm um domínio excelente de suas goelas.
Bom, nem preciso falar do peso da guitarra e do baixo. As cordas dão um tom... maciço à banda! Essa é a palavra ideal para descrever a potência do som da BTBG. Inclusive a timbragem remete um pouco ao magnânimo “From Enslavement to Obliteration” (Napalm Death).
E previno que vale a pena correr atrás de toda a discografia do conjunto. Se conseguir, você terá seu próprio kit terremoto dentro de casa. Beyond Terror Beyond Grace: simplesmente desumano.

NOTA 9,0

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