sábado, 3 de setembro de 2011

DVD Obituary – Live Excecution – Party San 2008

DVD Obituary – Live Excecution – Party San 2008
Shinigami Records – 2009 – Estados Unidos

Mais uma maravilha que a Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br) traz ao Brasil. Temos aqui o DVD de uma das bandas mais carismáticas do underground mundial, a inigualável Obituary.
Sem mais delongas – eles dispensam comentários – vamos direto ao assunto. A capa é linda, como é o padrão da banda, com arte gráfica que segue o mesmo nível de beleza. Há inclusive um livrinho bem simples, mas eficaz. Passa o que precisa e boa. E já antecipo que a estética provavelmente segue os efeitos de iluminação do palco.
O show foi filmado em fullscreen, que pena. Mas não é isso que vai tirar o brilho do vídeo. A edição também está tranquila, com bonitos GCs trazendo os títulos das canções. A qualidade das imagens e do som está maravilhosa. Esse último está pesadão, mas os bumbos ficaram levemente encobertos. Detalhes, apenas detalhes. E falando na qualidade do áudio, o vocal em especial está tão bem tratado que nem parece feito ao vivo, e sim no estúdio.
Bem, nunca tinha visto qualquer vídeo da banda ao vivo e a primeira coisa que constatei no vídeo foi o frustrante fato da banda tocar as músicas de forma mais lenta do que nas versões de estúdio. Talvez alguns nem percebam, talvez eu seja muito cri cri, mas fiquei meio aborrecido com isso. Parece um jeito preguiçoso de executar as canções, principalmente o baterista Donald Tardy! Eheh
Os clássicos, novos e antigos, estão aqui, embora o set list priorize o álbum então recém-lançado “Xecutioner's Return” (2007) – vale reforçar (já está no título) que a apresentação em questão foi em 2008.
No palco, os cinco integrantes até agitam, especialmente o guitarrista Trevor Peres, mas faltou um pouco mais de energia dos caras. Talvez seja pela lentidão das faixas, mas enfim, é o jeitão “Bitu” de ser, né? De qualquer forma, você percebe a ira nas expressões de cada um enquanto tocam, e isso é bem recebido pelo público.
Não poderia deixar de falar do guitarrista Ralph Santola. O cara simplesmente domina e tira os solos com tanta facilidade que por várias vezes nem precisa olhar suas cordas. Ele é frio no olhar e encara o público enquanto esmerilha no instrumento.
Aliás, uma das coisas mais apreciadas pelos fãs da Obituary é a rifferama que o grupo cria, uma mais inteligente e bela do que a outra. Isso, reproduzido ao vivo, é lindo, minha gente!
Quanto ao vocalista John Tardy, com seu timbre inigualável, é também fantástico vê-lo se esgoelar como louco no palco. O cabelão fica quase sempre na frente do rosto do cara, sendo difícil até mesmo observá-lo cantar.
Enfim, depois de muita agressividade ao longo do DVD, vem “Stand Alone” que, ao ser encerrada, parece que tudo está terminado. Engano: é hora do solo de bateria de Tardy (Donald, relembrando). Ele não faz feio não, e a plateia vai ao delírio assistindo ao cara mandando ver. Santola reaparece e também mostra o que sabe nas seis cordas. É um momento breve, mas certamente marcante.
O restante do grupo volta ao palco para executar a penúltima da noite – “Slow Death” – que vem com tudo. O vocalista brinca com o seu irmão ao fazer umas batucadas no surdo do kit de bateria. Irmandade até nisso!
E como tinha que ser, fecham o show com “Slowly We Rot”, talvez o maior clássico do grupo. Um show direto e reto. Mas quer saber? Os caras são foda, fazem o som sem se importar com a opinião alheia, o que sem dúvida é mais importante do que as críticas aqui descritas. Não fazem death metal, como já afirmaram, mas ainda sim, é um som extremo e contagiante.
Após o show, hora do extra. Sim, no singular, só tem uma opção e sem legendas em português. Mas o conteúdo aqui, no fundo, nem precisaria mesmo. Simplesmente aparecem as duas primeiras músicas da apresentação por outro ângulo, ao lado do palco, feito por um cinegrafista amador. O som estoura várias vezes. Não entendi o objetivo disso, se já existe a própria apresentação “oficial”.
Depois, uma zoeira em que o baixista coloca chocolate dentro de uma cueca, simulando ser fezes, e a arremessa no público. A reação do banger, pelo menos, é divertida.
Na sequência, tem imagens de um ensaio do pessoal que, se por um lado é apenas um ensaio, por outro, é da Obituary. Nesse aspecto, é muito legal ver como funciona o motorzinho da banda, e até quando erram as músicas, mostrando que são seres humanos, é curioso.
                Bom, num aspecto geral, vale a pena adquirir o DVD, o segundo registro oficial de um show da Obituary, mas não vá com tanta sede ao pote. Por se tratar de uma das maiores bandas que o underground já conheceu, é sempre bom ter um material dessa importância guardado. E no fundo, esse talvez seja o principal motivo dessa compra.

NOTA 7,8

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