quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Kataklysm – Heaven’s Venom

Kataklysm – Heaven’s Venom
Laser Company – 2010 – Canadá

A Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br) traz mais uma banda consagrada do metal. Afinal, quem curte som underground conhece o poder dessa aqui e sua longa caminhada na música extrema mundial.
A Kataklysm tem um feito poucas vezes alcançado por um conjunto: a cada trabalho, consegue soar diferente, sem nunca abandonar o peso e a melodia. Para quem conhece a extensa discografia dos canadenses, sabe que a experiência de cada álbum é única e não tem volta.
Os caras conseguem se reinventar, e paradoxalmente têm uma sonoridade muito própria. Entretanto é importante salientar que esse estilo mutante pode não agradar todos os fãs. Tudo bem, porque esse é o caminho por eles escolhido e boa.
Bom, e em “Heaven’s Venon”, o fato é que eles ultrapassaram (na verdade, já faz um tempo) a linha do death metal e transitam mais entre o thrash e até o heavy. Mas tem mais coisa lá, é só darem uma checada.
Em geral, abandonaram a velocidade para se dedicarem mais à técnica e à estrutura mais trabalhada em suas músicas. Às vezes, você até ouve um ou outro blast beat, mas nada que chame a atenção. O que parece é que “engoliram” esse lado mais extremo, mas que vira e mexe, ele tenta “escapar”.
E já que falei nos blast beats, preciso desabafar: putz, aquele jeito de tocar em que as batidas na caixa ficam a milhão, mas o bumbo somente marca o tempo é chatíssimo e muito pobre. Isso sim é algo que não está à altura do conjunto, e nunca estará. Poxa, se é para tocar com violência, que não seja feito com preguiça, né?
Mas calma, que os vocais de Maurizio Iacono continuam firmes, aliás, uma das poucas coisas que não mudou e isso já dá uma boa dose de agressividade às composições.
A produção, que sempre foi um dos pilares do grupo, mais uma vez trouxe aquela sonoridade limpa e muito bem gravada. Quanto a isso, permaneceram como antigamente.
Mas não tem jeito, meus trabalhos favoritos continuam sendo o “Temple of Knowledge” e o “Epic (The Poetry of War)”, muito mais diretos, mas “Heaven’s Venon” não faz feio não. Apenas é um outro lado da Kataklysm que desabrochou há tempos e que aqui ganha sustentação.
                Dois clipes aí abaixo: “Push the Venom” e “At the Edge of the World” respectivamente.
NOTA 8,0

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