quinta-feira, 2 de junho de 2011

Allegiance - Hymn Till Hangagud

Allegiance - Hymn Till Hangagud
No Fashon Records - 1996 - Suécia

Logo de cara, a informação que não pode ficar de fora: a banda conta com o ex-baterista do Marduk Fredrik Anderson. Mas não esperem toda a violência que ele manifestou em sua antiga banda. Bom, ao menos, não nesse disco aqui. Melhor dizendo: na época em que imperou nas baquetas “mardukianas”, produziu uma porrada atrás da outra. É só ouvir os clássicos “Nightwing” ou “Panzer Division Marduk”, por exemplo, para sacar o naipe do cara. Já nesse “Hymn Till Hangagud”, sua banda paralela até então, mostrou seu lado mais talentoso e trabalhado. Mas acalmem-se, que aqui tem brutalidade, e não é pouca.
                Após o grande parágrafo comparativo, hora da análise das músicas. A coisa começa ao som de ventos, violões e espadas, no melhor estilo viking metal, ou viking black, como eles classificam. Trata-se de “Höfdingadrapa”, cheia de alternâncias de ritmos e melodias em seus mais de oito agradáveis minutos de duração.
A música mal acaba, e já é emendada na violenta “De Nordiska Lagren”, outra grande obra do disco. Aliás este, por sua vez, mantém o nível lá em cima em toda a sua plenitude. Assim sendo, podem acreditar: difícil dizer qual a melhor faixa. Cada uma delas parece ter seu brilho particular. Mas não posso deixar de citar o começo irresistível de “Den Kristnes Död”, cuja levada veloz te faz bater cabeça involuntariamente; ou os riffs, mudanças de ritmo, e um solo de baixo (!) que faz qualquer banger perder o fôlego em “The March of Warlike Damned”.
Não há como negar. Quem rouba a cena é o baixista. A habilidade do cara é fora do normal. É o tipo de coisa que quebra aquele estigma muito falado de que as quatro cordas não são necessárias nos conjuntos musicais, já que supostamente ninguém os ouve. Que absurdo!
Bem, e o final do disco segue fiel à atmosfera medieval que percorre o CD, terminando com sons de cavalgadas e relinchos. Um encerramento primoroso.
De modo geral, é interessante sacar as excelentes e ricas estruturas das músicas.Além disso, a produção é muito boa em se tratando de uma obra lançada há 15 anos.
Curiosidades: os dois trabalhos posteriores – “Blodörnosoffer” (1997) e “Vrede” (1999) – também são bons, contudo a Allegiance perdeu um pouco de sua originalidade ao fazer trabalhos parecidos com os da banda principal de Fredrik Anderson (na época), o citado Marduk. E atualmente consta que o ex-baixista B. War compõe o atual line up. Agora veja como o mundo dá voltas. O som que o Marduk executa hoje em dia lembra esse material aqui, no que se refere à diversificação da sonoridade. Interessante, não?
Enfim, podem (e devem) adquirir (se ainda encontrarem) “Hymn Till Hangagud” sem medo. Agradará a fãs de metal em geral, não somente os de black e viking.

NOTA 9,0

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