quinta-feira, 5 de maio de 2011

Triptycon – Eparistera Daimones

Triptycon – Eparistera Daimones
Shinigami Records – 2010 - Suíça


Tudo bem, confesso, nunca tinha ouvido falar na Triptykon (vergonha!!!), e me surpreendi ao saber que o conjunto conta com Thomas Gabriel Fischer (ou Tom G. Warrior), a lenda que comandava o Hellhammer e o Celtic Frost. E o líder declarou que seu objetivo era fazer músicas bastante similares às dessa última. Inclusive algumas das faixas eram do próprio Celtic Frost, e seriam usadas no sucessor do álbum “Monotheist”, mas após desentendimentos e sua saída do conjunto, usou-as no Triptykon. Por aí, já se tem uma boa noção do que é esse “Eparistera Daimones”.
Consta no Myspace que são black metal, mas ao menos na parte instrumental, estão muito mais para um gothic/thrash/death, quase doom, lento e arrastado, por quase todo o trabalho. Há sim elementos black, mas estão muito bem camuflados nessa mistura de estilos obscuros.
Pois que comecem as músicas. “Goetia”, em seus exatos 11 minutos, é uma boa demonstração do que “Eparistera Daimones” oferece. Os riffs agonizantes logo chamam a atenção do ouvinte.
Mais para frente, “A Thousand Lies” foge da estética vagarosa do disco com sua alta velocidade e agressividade. Mas é uma música equilibrada com boas partes trabalhadas. A faixa seguinte, “Descendant”, é o destaque do trabalho. Uma música certeira. Logo após, “Myopic Empire” é outra que se diferencia do restante das músicas, tendo inclusive um piano que a deixa ainda mais densa.
Já “My Pain” conta com vocal feminino hipnótico e belíssimo, trazendo um lado mais gótico à canção. Por fim, fechando o CD, vem “The Prolonging”, com mais de 19 minutos de duração. Todo esse tempo é mais do que suficiente para apresentar todas as características do Triptykon. Com uma atmosfera soturna, torna-se agressiva, especialmente no trecho de levada com dois bumbos, para depois voltar ao sombrio, lento e bem trabalhado.
No total, o disco, com suas longas canções, resultam em quase 1 hora e 15 minutos de um som pesado e melancólico, sendo talvez este último adjetivo o que melhor define o som da Triptykon.
Na parte gráfica, estão de parabéns pelo cuidado e pelo capricho. A capa é linda, e conta também com belas ilustrações nas páginas do encarte. Além disso, juntamente com as letras, existem textos que explicam seus significados, informações e curiosidades sobre como foram compostas. Uma grande ideia que nos faz questionar por que todas as bandas não poderiam fazer isso. Os temas? Aqui estão, retirados diretamente do site oficial do grupo: “história, ocultismo, desintegração humana, fanatismo religioso e niilismo”.

NOTA 8,0

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