quinta-feira, 19 de maio de 2011

Squash Bowels – Grindvirus

Squash Bowels – Grindvirus
Willowtip - 2009 – Polônia


Nem só de Vaders, Behemoths e Decapitateds vive a boa cena extrema polonesa. O Squash Bowels figura facilmente entre as grandes, embora seu estilo seja diferente mas igualmente brutal (quando não mais) ao da trinca citada.
É uma banda que, ao contrário da grande maioria, tornou-se mais agressiva, e incrivelmente tem conseguido se superar a cada lançamento. Do começo da carreira, com sons mais primitivos e um tanto mal gravados, à praticamente perfeição deste disco (fazendo alguns fãs do início das antigas torcerem o nariz), a evolução da Squash Bowels é assustadora. E com “Grindvirus”, esses anormais chegaram ao “topo da pilha de cadáveres do mundo goregrind”*!
Após uma tosse daquelas bem escarradas, tem início uma das maiores bestialidades que o ser humano já produziu. É a introdução da faixa-título, absurdamente extrema. Os excelentes riffs, e seus timbres que até lembram um pouco os da banda Mortician, deixam tudo ainda mais intenso. É um verdadeiro massacre, meus amigos!
Depois vem “Two Cows and Monkey”, outra grandiosa música que diminui um pouco a velocidade no meio, mas depois volta à correria de maneira empolgante, juntamente com um berro do vocalista Artur Grassmann. Indescritível o sentimento.
Outra maravilha é “Abhorrently Stinking Rich Man”, iniciada por somente bateria e baixo grave. Quando a guitarra entra, dá uma consistência ainda maior à (de)composição. Coisa mais linda. Inclusive as mudanças de ritmo são demais!
Depois dela, “Shit Oneself” também mantém o nível lá no alto, e sua parte lenta é fantástica! A oitava música, “Sheep Dag”, apresenta bumbos que fazem tremer o chão!
E por toda a obra, a qualidade das composições se mantêm, sendo complicado destacar mais uma ou outra canção. Todas são indecentemente fodidas. A combinação das variações de levadas é um ponto fortíssimo da Squash Bowels. Em outras palavras, os caras sabem quando têm que fazer o som mais rápido do mundo, ou quando devem fazer uma paradinha na música, brincar somente com a guitarra, alterar o andamento, e por aí vai.
A gravação é excepcional, e mesmo sendo tudo muito barulhento, cada instrumento é perfeitamente audível. Destaque para o peso incrível da guitarra e seus riffs que, apesar de simples, são muito, muito atrativos. E não tem como não falar da bateria, que parece literalmente um britador.
Após ouvir o CD, você tateia a cabeça para ver se ela não se desprendeu do corpo com tanta bangueada. Uma pena que “Grindvirus” é apenas um nome, e portanto não pode ser espalhado pelo ar. Mas que seria fantástico uma epidemia de vírus grind, ah, isso seria! Para os que não conhecem a banda, ouçam também os estupendos “No Mercy” (2004) e “Love Songs” (2005), duas verdadeiras aulas de como se fazer discos praticamente perfeitos.
E esse aqui me trouxe problemas por ser forte candidato a entrar e alterar meu top 10 de álbuns (veja minha lista nos primeiros posts do blog). É a melhor banda goregrind do mundo. Pronto, falei.


NOTA 9,8

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