domingo, 8 de maio de 2011

Deus Castiga – I’m alive fucking dead (demo)

Deus Castiga – I’m alive fucking dead (demo)
DC Records – 2010 – Brasil


Sabe daqueles grindcore bem sujos e caóticos? Pois então, apresento a Deus Castiga, outra competente banda brasileira do estilo.
A demo, estranhamente intitulada “I’m alive fucking dead” (ao ler a letra, você entende o sentido), possui 12 músicas (!) calcadas na velocidade extrema. As influências são da velha e da nova escola do grind: Napalm Death, Pig Destroyer, Nasum, Are You God?, e Hutt, entre outras.
Após a boa intro, o massacre de fato começa. E o pessoal da Deus Castiga tem pressa, muita pressa! “Ominous Dark” dá a cara da banda, e o restante das faixas seguem a mesma linha, quase todas sem exceder dois minutos (somente “My Blood is Racing throug My Veins” tem 2’03’’). Resumindo? Músicas brutais, bem estruturadas e sem descanso.
Difícil inclusive destacar alguma, já que todas têm um poderio avassalador. Toneladas de peso em forma de decibéis. Mas com esforço, recomendo “Fortune Cookie Jedi” e seus bons riffs.
Anderson faz um vocal rasgado cujo timbre é bastante semelhante ao de bandas black metal. Mas ele também é dono dos guturais, embora os use em menos quantidade. É incrível, pois você juraria que são dois vocalistas distintos. E claro, os holofotes ficam para o baterista Tiago, um cara que não sabe brincar com as baquetas. “Impressionante” é a primeira palavra que vem à mente ao ouvir seu trabalho na demo.
A arte do encarte é simples, mas bonita, em especial a capa, muito bem feita. As cores vivas foram muito bem utilizadas no material.
A gravação está muito boa, embora a bateria meio que se sobressaia um pouco e encubra levemente os outros instrumentos, principalmente nos blast beats, mas as músicas são tão encorpadas que isso não chega a comprometer o material. Agora, apenas uma sugestão para essa promissora banda: apesar de divertido e criativo, o nome “Deus Castiga” pode não trazer muita credibilidade no meio underground, ainda mais com letras sérias (temas apocalípticos e agonizantes) e cantadas em inglês. Não seria melhor mudar o nome? Fica a dúvida.
Mas já se percebe que o grupo vai longe, e facilmente honrará com louvor a cena extrema tupiniquim, e quem sabe, fora daqui também. Talento eles têm. E uma advertência: essa demo vicia.

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